Mortalha

Mortalha

sábado, 19 de junho de 2010

Adeus

Não costumo falar desse tipo de coisa no blog, mas...

Eu não esperava por isso tão cedo.

Ele era um amigo tão querido, tão companheiro, que ninguém conseguiria imaginar que um dia ele iria partir. Essa possibilidade estava sempre lá, assombrando meus pesadelos, mas era fácil encontrar uma maneira de esquecê-la, e me divertir na presença dele.
Os sinais estavam lá, também. Sempre tentando me avisar, deixar claro que o pior estava por vir. Mas eu mais uma vez, fui tolo na tentativa de não vê-los.
Eu devia ter sido mais atento, me preparado melhor para isso. Os sinais me alertaram, queriam dizer que havia uma saída, uma alternativa, que eu não quis, infelizmente, ouvir.

E aí, em uma tárde de sábado, despreocupada, feliz, aconteceu, como uma marretada no peito que tira o seu fôlego e te faz entrar em pânico como uma criança. Segue aquela sensação ingênua: Se você fechar os olhos um momento, talvez tudo volte ao normal.

Não acreditar em vida após a morte torna isso tudo ainda mais difícil. Tudo que vem, um dia acaba partindo. É difícil, mas eu tenho que aceitar.



Adeus, querido Xbox 360.
As três luzes vermelhas te levaram. A pergunta maior: até quando elas farão vítimas?

Não posso dizer que você está agora em um lugar melhor porque eu não acredito nessas coisas, mas tenho certeza que as memórias viverão para sempre, em mim.