Mortalha

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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Sobre Hankôs e Sumi-ê

Já estou com os meus hankôs (os tradicionais carimbos de assinatura). Tradicionalmente, no Japão, os Hankôs são usados como forma de oficializar documentos, assinar contratos importantes, abrir contas em bancos, receber encomendar pelo correio... E como forma de assinar uma peça de arte, também.
Existem diversos tipos de hankôs, com diversos tipos de finalidade e significado. Eles têm formas, composições e até disposições dos kanjis diferentes, dependendo do seu uso.



Um dos meus carimbos foi feito no Japão (com a ajuda de uma amiga), e veio com toda a pompa das peças artesanais produzidas por lá (com certificado, travesseiro de tinta, etc)... O outro foi feito aqui no Brasil, com "design" meu, de forma mais descontraída e menos tradicional. Gosto muito dos dois. Eles têm formas e composições diferentes, em cima do mesmo kanji e do meu nome em letras romanas.

Fiz os carimbos como um novo recurso estilístico para usar como assinatura. Sempre considerei os ideogramas japoneses interessantes enquanto "design". Se usado da forma correta, um kanji, acima de tudo, é uma maneira interessante de se arrematar e assinar um trabalho de uma forma harmoniosa com o resto da composição (tanto que até hoje em dia também utilizo uma espécie de "logotipo" inspirado nas pinceladas da caligrafia japonesa).

Fiz os carimbos pensando também nos meus crescentes estudos sobre o Sumi-ê (a pintura tradicional chinesa/japonesa). Seguem alguns dos meus últimos trabalhos, sempre executados com traços e manchas feitas rapidamente (até porque o papel de arroz não suporta pinceladas muito pesadas, nem muito vagarosas...).